IMAGINE O SEU BEBÊ OBSERVANDO TUDO O QUE VOCÊ FAZ!
SÉRIE : EXPLORANDO OS ESPAÇOS
CRIANÇA EM AÇÃO
Você já se deparou com as iniciativas dos bebês em
explorar os ambientes da casa?
Por Ana Maria Louzada
Eu gostaria
de iniciar destacando que desde bem pequenino, o bebê explora os objetos, o seu
corpo e outras possibilidades de vivências que fazem por meio das suas
observações.
Sim, o bebê
brinca com os objetos que oferecemos como o chocalho, os móbiles, os
travesseiros... Brinca com as suas mãozinhas, com os seus pezinhos... Brinca
com a mão de quem está lhe cuidando! Observa os movimentos das pessoas da casa,
e, principalmente de quem está com ela diariamente.
O bebê
observa você abrindo e fechando a torneira, pegando os talheres, abrindo e
fechando as gavetas, pegando a sua roupinha no armário, organizando as peças
decorativas na mesinha da sala, usando o controle remoto para escolher os
programas na TV, e assim, vai se apropriando dessas imagens e ações.
Quando está
nesse processo de interação com seu próprio corpo, com os objetos e com os
movimentos ao seu redor, os bebês se apropriam de conhecimentos cotidianos que
são fundamentais para o seu desenvolvimento cognitivo, social e emocional.
Pois bem, quando
começam a engatinhar e andar segurando os móveis, percebem que podem explorar
tudo aquilo que observara anteriormente.
Com isso, a
criança demonstra significativo interesse pela prática de explorar os diversos
ambientes da casa. Você já vivenciou essa situação?
O interesse
em experimentar é fundamental para o seu processo de aprendizagem e
desenvolvimento.
Agora
imagine o seu bebê observando tudo o que você faz!
Sim... É com
base nessas observações que o ele vai experimentar o ambiente em que vive.
Tão logo
começa a engatinhar, ele se vê na possibilidade de vivenciar concretamente o
que antes apenas observava.
Por isso,
quando consegue chegar engatinhando nos espaços que antes apenas contemplava do
colo ou do carrinho, fica muito feliz. Você já se deparou com os gritinhos e
gargalhadas de felicidades?
É
emocionante! Sim... É como se tudo aquilo que espiava, agora está ao seu
alcance. Agora pode experimentar. Que alegria!
Quando o
bebê está vivenciando esses momentos de experimentações, é chegada a hora de
estarmos atentos às experiências que podem se concretizar e as que ainda não
podem.
Por exemplo,
se ela observa você utilizando sabão em pó e quando chega sozinha na área de
serviço, com certeza vai buscar os materiais que estão à sua vista.
Esses
materiais de limpeza, por exemplo, devem ficar fora do seu alcance, pois são
severamente perigosos. Ok?
O mesmo
acontece na cozinha. Os bebês gostam muito de explorar coisas da cozinha.
Afinal desde muito pequeninos, observam os movimentos nesse ambiente.
Então, se
eles estão procurando muito esse espaço, não é prudente privá-los de viverem
essa experiência, mas é fundamental reorganizar os armários de modo que os
utensílios e vasilhas que quebram e que são cortantes fiquem em locais mais
altos.
Mas é de
extrema importância que uma parte das gavetas e dos armários seja reservada
para o bebê, de modo que possa ser explorado com segurança.
Sim, nesses
espaços podemos colocar vasilhas de plástico, tampas de panelas, colher de pau,
dentre outros utensílios que possibilitam o manuseio (brincadeiras).
Vale
ressaltar, que nesse espaço pode até ter alguns brinquedos, mas o que os bebês
querem mesmo, são os materiais que ao longo de vários meses apenas observaram.
Eles querem brincar com os materiais que nós usamos.
E assim,
podemos reorganizar os diversos ambientes da casa. Em cada ambiente, um
cantinho para o bebê.
Desse modo,
vamos potencializando as suas iniciativas e enriquecendo as suas experimentações
nos deferentes ambientes e ao mesmo tempo vamos educando para o que é permitido
brincar e o que não é coisa de brincar.
Aqui vale
ressaltar que os objetos que não são perigosos, e que podem ser utilizados para
o ensino aprendizagem dos limites são fundamentais nesses ambientes.
Por exemplo,
na bancada da TV pode ficar o controle e outras peças decorativas que não podem
ser utilizadas pelo bebê, de modo que todas as vezes que tentar pegar, possamos
retirá-lo dizendo firme:
__ Aqui não.
Esse objeto não.
Porém, logo
abaixo da bancada, deve ter algo que ela possa brincar. Um controle de
brinquedo (pra fazer de conta), alguns brinquedos semelhantes as peças
decorativas, etc.
Todos
organizados de modo que aparentam enfeites da estante, para que assim, que
dissermos que impedirmos de brincar com os de cima, possamos dizer: __ Sim,
aqui você pode pegar e brincar. Esse pode.
Lembrando
que ao impedirmos de pegar o controle e os objetos de decoração a voz deve ser
firme e séria. Mas ao consentirmos de brincar com os brinquedos da prateleira
de baixo, devemos dizer com voz suave e sorrindo.
Com base no
seu tom de voz e na possibilidade de interagir com aquele espaço da estante, o
bebê desde pequenino, vai aprendendo o que é permitido e o que não é.
E acima de
tudo, tem oportunidade de interagir com todos os ambientes da casa, porque em
todos terão espaços próprios ao seu alcance para serem explorados.
Se tudo não
pode, ele não consegue estabelecer relações entre o que pode e o que não pode
experimentar. Ao contrário também, se tudo pode, a formação de conceitos sobre
o permitido e o não permitido, também se compromete.
Por isso,
defendemos a ideia de que precisamos redimensionar os ambientes da casa, de
modo que os bebês sejam contemplados em suas necessidades infantis.
É muito
importante que estejamos atentos à esse tempo espaço da vida do bebê, porque passa
muito rápido. E muitas vezes perdemos ótimas oportunidades de inseri-los em
vivências que são fundamentais para o seu processo de aprendizagem e
desenvolvimento.
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Obrigada e até a próxima!
Ana Maria
Louzada
Coordenadora
do Programa Educar com Diálogo
Essa é uma síntese da palestra “Você já se
deparou com as iniciativas dos bebês em explorar os ambientes da casa?” proferida
pela Orientadora Educacional Ana Maria Louzada às famílias, comunidades,
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Canal: Educação e Diálogo
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