VOCÊ SABIA QUE OUVIR AS CRIANÇAS PRESSUPÕE IR AO SEU ENCONTRO?
Educar
com diálogo não significa fazer tudo o que a criança quer, muito menos deixar
que ela se autoeduque.
Quando
assumimos o compromisso de uma educação dialógica, nos colocamos à disposição
do debate, nos envolvemos em reflexões, e acima de tudo, nos propomos ouvir.
Ouvir
é de extrema importância no processo dialógico.
O
nosso papel nos primeiros momentos de diálogo com a criança é de falar, de
interagir por meio da oralidade, mas principalmente de ouvir.
Sim!
Ouvir o que a criança tem a dizer.
Por
isso, sempre que formos falar com as crianças, precisamos nos colocar à sua
altura, abaixando para que possamos olhar em seus olhos, ou então, sentando ao
seu lado para que possamos dialogar na mesma altura.
Quando
eu me abaixo e fico na altura da criança eu consigo dialogar olhando... Ela me
vendo e eu olhando pra ela.
Isso
é fundamental no processo de interlocução.
Não
adianta eu falar para a criança, dizer o que ela precisa fazer se ela está ali,
brincando, e, eu dizendo pra ela guardar os brinquedos. Mas se eu estou aqui
fazendo algo e a criança está ali brincando, não adianta.
Isso
não é diálogo. Sabe por quê?
Porque
o diálogo se inicia no momento em que eu me coloco à disposição da criança.
Quando
eu sento com ela, quando eu discuto e converso sobre a problemática em questão,
e, com ela vou vivenciando a situação que estou propondo, pra que ela possa se
apropriar da ideia.
Temos
conversado com várias famílias, e, muitas dizem que dialogam com os/as
filhos/as. Mas o que fazem na realidade é dizer para a criança o que fazer, e,
ainda determinar tarefas, sem ouvir a sua opinião.
Acreditam
que ao ouvir as opiniões das crianças, podem perder a autoridade.
É
verdade! Muitas mães e pais me questionam:
“Será
que se eu ouvir demais a criança, se eu estabelecer demais esse confronto de
ideias eu não vou perder a minha autoridade?”
Muitas
pessoas, ainda têm a ideia de que estabelecer a autoridade é pela determinação
e pela postura mais sisuda.
Pois
bem, nós estamos propondo, com base em experiências vividas ao longo da vida,
tanto com filhos, bem como com netos, que educar com diálogo é mais eficaz.
Por
isso, gostaria de enfatizar que ouvir as crianças pressupõe ir ao seu encontro.
E
muito mais...
Ouvir
as crianças pressupõe ir ao encontro dos seus saberes, das suas ideias, dos
seus desejos, enfim, é possibilitar que elas aprendam a argumentar sobre as
suas propostas e opiniões.
Se
eu estou estabelecendo esse diálogo com autoridade, se eu sou o/a educador/a,
isto é, a pessoa que está educando a criança, no processo de dialogar, de
discutir questões e com clareza do meu papel de orientar, eu qualifico a minha
orientação e não perco a autoridade.
Muito
pelo contrário. Educar com Diálogo fortalece a nossa autoridade!
É
no processo dialógico que encontramos o tom da criança, que aprendemos a
conhecê-la de verdade, que podemos compreender muito mais as suas ideias, e, a
partir daí orientar melhor.
Geralmente
quando não dialogamos, não conhecemos a criança, não conhecemos o nosso filho
e/ou a nossa minha filha, isto é, não conhecemos as suas ideias, de modo que as
nossas opiniões prevalecem, e, ainda, determinamos coisas que não dialogam com
as suas questões.
Hummm!
O nosso o nosso argumento não dialoga com o da criança. Já pararam pra pensar
nisso?
E
daí acabamos entendendo que a criança não está nos obedecendo e que não está
nos atendendo.
Mas,
quem sabe se pararmos para ouvi-la, podemos compreendê-la.
Quando
conhecemos a criança (filho/filha), externamos os nossos posicionamentos,
confrontamos opiniões, e, assim, estabelecemos os limites, no tempo espaço do
diálogo. Eu não perco a autoridade. Ok?
Bem,
mas isso não significa concordar com tudo o que as crianças dizem.
No
entanto, requer que problematizemos os seus argumentos, de forma que elas
possam se apropriar de outras ideias e conceitos, e assim, compreender as
questões que estamos ensinando.
Muitas
vezes teremos embates, no processo de debate. Mas os mesmos servem para que
possamos aprimorar as nossas orientações.
Eu
só vou conseguir aprimorar a minha orientação a partir do momento que eu
conheço melhor a pessoa, o/a filho/a, a criança.
Dessa
forma a criança vai compreender melhor as situações vividas. Ela não vai apenas
executar. Ok?
Espero
que tenha gostado das nossas reflexões!
Essa
é uma síntese da palestra “A Importância de Ouvir as Crianças”, que tenho
proferido para famílias, escolas e demais interessados/as no assunto.
Se
você está gostando das nossas orientações e quer fazer parte do Programa Educar
com Diálogo, seja um membro.
Inscreva-se
em nossas redes sociais e acompanhe as publicações.
Obrigada
e até a próxima!
Coordenadora
do Programa Educar com Diálogo
Orientadora
Educacional e Consultora de Família
Compartilhe nossos
posts com seus amigos e suas amigas...
Vamos divulgar as
reflexões e orientações sobre a Importância da EDUCAÇÃO com DIÁLOGO!
Conheça
o nosso trabalho!
Instagram:
@comeducar
Twiter:
@ComDialogo
Facebook:
@educarcomdialogo
Obrigada
pela Visita
Deixe
um recadinho aqui no Blog
Comentários
Postar um comentário
Agradeço a Visita
Deixe seu comentário