Você sabia que as justificativas no decorrer do diálogo ajudam a criança a compreender melhor as orientações?


Nos posts anteriores, “o sentido de educar com diálogo” e "a importância de ouvir as crianças", chamamos atenção para o fato de que só vamos aprimorar as orientações a partir do momento que conhecermos melhor as crianças, isto é, a partir do momento que nos dedicarmos a ouvir os nossos filhos e/ou as nossas filhas.

Pois bem, visando dar continuidade às referidas questões, hoje delinearemos as reflexões destacando que:

Quando não há diálogo, não há possibilidade de debate, e assim, a criança passa a executar o que pedimos sem compreender, apenas por obediência. Ela se torna uma executora de tarefas[1].

Mas, quando há debate, há reflexões. E, as justificativas no decorrer das mesmas, ajudam a criança a compreender melhor as orientações.

Compreendendo melhor, ela tem mais condições de se constituir com consciência crítica.

No entanto, não basta realizar as reflexões orientadoras uma só vez.

Precisamos estar disponíveis para muitos debates e embates no decorrer das orientações cotidianas.

É isso mesmo!

Educar com Diálogo exige interlocução todos os dias. Todos os dias é dia de educar.

Até porque, as crianças precisam de um tempo para se apropriarem dos conceitos, isto é, precisam vivenciar várias vezes uma situação para que de fato possa compreendê-la.

Muitos pais se apavoram dizendo, que dialogaram com o filho e logo depois ele repetiu tudo de novo.

Sim...

A criança vai repetir, e, de novo vamos dialogar, e, ainda assim, ela poderá repetir outras vezes.

Primeiro, porque ela precisa experimentar o que está aprendendo.

Segundo, porque tem necessidade de confrontar as nossas orientações com as suas ideias e opiniões.

E, acima de tudo, porque não são miniaturas de adultos.

A sua compreensão sobre determinados fatos e assuntos, requer um tempo maior para aprender.

Outra questão que gostaríamos de destacar é que educar com diálogo possibilita uma educação de qualidade.

A nossa jornada educativa se torna prazerosa, mesmo que desafiadora, pois os resultados a médio e a longo prazo são sensacionais.

Mas, não podemos nos esquecer de que nos momentos dos debates, precisamos ser firmes nas orientações, e, caso haja necessidade de retomar algumas ideias por algum equívoco nosso, podemos fazer de modo que a criança perceba que não somos intransigentes, mas que também revemos as nossas opiniões.

Bem, o importante é que nesse processo não percamos a nossa autoridade, pois somos seus educadores, e, como tal, precisamos estabelecer uma relação de confiança.

Coordenadora do Programa Educar com Diálogo

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[1] Síntese da palestra "quando não há diálogo, não há possibilidade de debate!" proferida pela Orientadora Educacional Ana Maria Louzada. 

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